Negócios de rua: uma nova tendência para empreendedores
Nos últimos anos, muitos empreendedores têm optado por migrar seus negócios dos tradicionais shoppings centers para ruas e centros de conveniência. Essa mudança não é por acaso. Com o aumento dos custos operacionais em shoppings e uma mudança no comportamento do consumidor, a rua está se tornando uma alternativa atraente para empreender.
Nos últimos anos, muitos empreendedores têm optado por migrar seus negócios dos tradicionais shoppings centers para ruas e centros de conveniência. Essa mudança não é por acaso. Com o aumento dos custos operacionais em shoppings e uma mudança no comportamento do consumidor, a rua está se tornando uma alternativa atraente para empreender.
Vamos explorar as oportunidades e desafios dessa tendência crescente.
Oportunidades de negócios de rua
1. Redução de custos operacionais
Os custos para manter uma loja em um shopping center podem representar de 15% a 30% do faturamento, enquanto operações de rua têm custos que variam entre 4% e 8%. A diferença significativa é um dos principais atrativos para os empreendedores, que buscam otimizar suas despesas e aumentar a margem de lucro.
2. Flexibilidade e personalização
Lojas de rua oferecem maior flexibilidade em termos de horários e personalização. Ao contrário dos shoppings, onde horários e identidades visuais são muitas vezes padronizados, as lojas de rua podem ajustar seus horários de funcionamento e projetar suas fachadas e layouts internos de acordo com sua marca e estilo.
3. Conexão com a comunidade
Empreendimentos de rua têm a vantagem de se conectar de maneira mais íntima com a comunidade local. Esse engajamento pode levar a uma maior fidelização da clientela e a oportunidades de parcerias comerciais e colaborações com outras empresas locais.
4. Visibilidade e acesso
Lojas de rua, muitas vezes, são mais visíveis para pedestres, motoristas e usuários de transporte público. Além disso, a localização em áreas com alto fluxo de pessoas pode resultar em um tráfego maior de potenciais clientes.
Desafios ao abrir um negócio de rua
1. Segurança e infraestrutura
A segurança é uma preocupação importante, especialmente em grandes centros urbanos. Investimentos em equipamentos de monitoramento podem ser necessários para proteger o estabelecimento. Além disso, muitos imóveis de rua não possuem vitrines amplas ou infraestrutura adequada para as necessidades do negócio.
2. Estacionamento e acesso
A falta de estacionamento pode desmotivar clientes e afetar as vendas. É fundamental escolher um ponto comercial que ofereça boas condições de acesso para veículos e pedestres.
3. Suscetibilidade ao clima
Lojas de rua estão sujeitas a condições climáticas adversas, como chuva e temperaturas extremas, o que pode impactar o movimento de clientes e a operação do negócio.
4. Concorrência local
A concorrência em ruas pode ser intensa, e muitas vezes, não há um órgão regulador que defina o mix de lojas na região. Estar ciente da presença de concorrentes e desenvolver estratégias para se destacar é crucial.
Decisões estratégicas para o sucesso
Ao considerar a migração ou abertura de um negócio de rua, é essencial avaliar vários fatores:
- Público-Alvo: certifique-se de que o público-alvo está presente na região escolhida.
- Visibilidade e acesso: verifique a visibilidade do ponto e o acesso para clientes.
- Concorrência e polos comerciais: avalie a presença de concorrentes e a existência de polos comerciais que atraem pessoas.
- Acessibilidade: o local é acessível para diferentes meios de transporte? Existe estacionamento?
A escolha entre operar em um shopping center ou em uma rua comercial depende de diversos fatores, incluindo o perfil do negócio, o público-alvo e a estratégia de custos. Com um bom planejamento e compreensão dos desafios e oportunidades, empreendedores podem encontrar sucesso em ambos os ambientes.
Se você está pensando em migrar ou abrir um negócio de rua, considere cuidadosamente esses pontos e prepare-se para adaptar suas estratégias para maximizar suas chances de sucesso.
Fontes: Associação Brasileira de Franchising (ABF), Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Fundação Dom Cabral, Grupo Bittencourt, Sebrae